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Remover a cruz da parede não apaga a ferida nem a esperança que ela representa.

As cruzes estão a desaparecer dos espaços públicos em nome da neutralidade e da tolerância, mas o que acontece com o seu significado? Longe de um lamento pessimista, Jan-Heiner Tück transforma essa ausência num convite para redescobrir a força simbólica, salvífica e reconciliadora da cruz.

Através de um percurso pela teologia, filosofia, arte e literatura, este livro entrelaça pensamentos de Platão, Eurípides, Holbein e Dostoievski, entre outros, para iluminar a complexidade da cruz na história e na consciência contemporânea. Mais do que um emblema que desaparece, a cruz continua a ser um sinal que interpela, provoca e transforma.

Doutor em Teologia, é professor de Dogmática e História do Dogma na Faculdade de Teologia Católica da Universidade de Viena. Dirige a revista Communio e o portal online www.communio.de. Fundou a Cátedra de Poética sobre Literatura e Religião em Viena. É membro da Comissão para a Doutrina da Fé da Conferência Episcopal Alemã e da Comissão Teológica da Conferência Episcopal Austríaca.

Entre as suas numerosas publicações, destacam-se: Gottes Augapfel. Bruchstücke zu einer Theologie nach Auschwitz(2016), «Gelobt seist du, Niemand». Paul Celans Dichtung – eine theologische Provokation (2023) e Minima theologica. Spuren des Heiligen heute (2025).