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A história é, por definição, movimento, tempo, fluxo, evolução, transformação.

A União Soviética constitui um gigantesco e extremamente variegado mosaico de nações e grupos étnicos diferentes pela raça, pela cultura, pela língua, pelos costumes e pelas tradições. Nesse mosaico, que sucede ao do Estado-império dos Czares, há, segundo estatísticas oficiais de 1962, 60% de Russos, 20% de Ucranianos e 20% de Bielorrussos, Usbecos, Georgianos, Arménios, Azerbeijenses, Lituanos, Estónios, Letónios, Moldávios, Carelianos, etc.

Uns eslavos, outros nórdicos, outros asiáticos, pertencentes quer à família indo-europeia, quer à família, múltipla, uralo-altaica. Uma das causas principais da Revolução de 1917 esteve precisamente na incapacidade de o regime czarista resolver o espinhosíssimo problema das cento e cinquenta nacionalidades do vasto Império. A segunda, ligada a esta, residia no seu atraso industrial e social.

O Padre Manuel Antunes (1918-1985) foi um dos mais brilhantes e destacados pedagogos do século xx português, conselheiro do general Ramalho Eanes, fundador e principal contribuidor da Brotéria e o autor que mais uso fez da pseudonímia (escreveu sob mais de 120 pseudónimos, muitas vezes para iludir a censura). Deixou-nos vasta obra, sobretudo na forma de artigos e ensaios, acerca dos mais variados temas: Ética, pluralismo político, Filosofia, Teologia, crítica literária, Psicologia e Ciências da Educação (com destaque para a reforma do ensino superior e a educação permanente).