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«A teologia continua a ser útil para o homem de hoje? Pode ajudá-lo a procurar o ‘sentido’ da sua existência? Não, se procurar fazer de Deus a condição do sentido e convertê-lo na sua única fonte. Sim, se a teologia oferecer uma iluminação própria — a de uma actualização do excesso, da gratuidade e dos limites — que permita ao sentido surgir por si mesmo em cada homem. A teologia torna-se assim necessária no tempo presente e oferece a possibilidade de fazer brotar o sentido.

Neste livro, tentaremos descobrir o sentido precisamente onde ele se vive, isto é, naqueles que chamo os lugares do sentido: a liberdade (poderá o sentido surgir sem que exista liberdade?); a identidade (quem sou eu? tenho sentido?); o destino (o que posso fazer da minha vida?); a esperança (no fim da vida encontra-se o sentido ou será a esperança apenas a última ilusão da caixa de Pandora?); e, por fim, o imaginário (lugar de lendas, mitos e ficções, fonte quase inesgotável onde procuramos renovar o sentido).

Abrir o sentido até aos seus limites é abrir possibilidades, é narrar uma aventura possível, é permitir que cada coisa e cada acontecimento possam ser compreendidos como uma visitação, uma mudança de perspectiva, uma transgressão daquilo que parece ter de ser sempre. Eis, sem dúvida, a chave do sentido.» (A. Gesché)

O Sentido é o sétimo e último volume da extensa e sugestiva dogmática de Adolphe Gesché, com o título geral Deus para pensar.

Também foi professor e investigador na Faculdade de teologia da Universidade Católica de Louvaina e Louvaina a Nova. Faleceu em 2003.

Foi membro da Comissão Teológica Internacional. “Dieu pour penser”, título com vários volumes, contempla o essencial do seu pensamento teológico e filosófico.